Monday, April 25, 2011

the dream of fixing the past

BLAKES aguarda a chegada de M. Hightower no escritório da executiva. É uma sala espaçosa e elegante, com móveis de cerejeira e carpete azul-marinho. BLAKES não está trajado de forma muito comum para uma reunião formal, mas ele também não é um negociador comum. Veste ma camisa listrada e gravata vermelha por baixo do sobretudo preto, com um chapéu preto completando o figurino.

O elevador, que dá de frente para a porta do escritório soa e, ao contrário do que espera BLAKES, quem sai dele é seu rival SHATNER, em vez de Hightower.

SHATNER se veste de forma parecido com BLAKES, o que auxilia a reação de ambos em se identificarem e, sem hesitação alguma, sacarem suas armas e dispararem.

Os tiros dos dois seguem exatamente a mesma trajetória, porém em sentidos contrários, obviamente. A cena congela no exato momento em que as balas iriam se colidir.

De alguma parte do tempo-espaço, surgem através de portais uma instância de cada um dos rivais. Bem menos hostis, ambos averiguam o local e fixam o olhar nos projéteis parados no ar, a cerca de 2cm um do outro. SHATNER pergunta:

– Você percebe o problema aqui, não?

Ao sentirem a iminência da retomada do fluxo temporal e a chegada de Hightower à sala, as instâncias dos rivais prontamente providenciam um lugar para esconder seus corpos do universo atual e removem os projéteis que pairam no ar.

O tempo volta a correr e Hightower finalmente chega a seu escritório. Ela cumprimenta ambos e senta à sua mesa, convidando-os para que façam o mesmo e iniciando a reunião.

No desenrolar do encontro, nenhum dos dois consegue deixar de pensar como não fazem ideia do que farão para voltar para seu tempo/espaço e as consequências disso, enquanto BLAKES e SHATNER de cá acompanham silenciosamente a negociação espremidos em um armário, totalmente desnorteados.

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