Wednesday, February 1, 2012

the dream of captivity

Quatro amigos e eu caminhamos pelo centro, quando somos abordados por um pequeno grupo de pessoas e jogados dentro de um furgão fechado. Chegamos a uma casa muito grande que não parece nada com os cativeiros que costumamos ver nos noticiários.

A residência é composta não de cerca de quatro ou cinco casas, contornadas por cercas vivas. As casas têm as paredes externas e o piso feito de alguma madeira clara, como o freixo. Pequenos jardins verdes, árvores e bancos preenchem o espaço entre os imóveis. É um lugar muito bonito.

Somos deixados no andar superior de uma das casas por dois rapazes de calça de Tactel azul, em uma sala grande, sem muitos móveis. Há uma televisão de plasma sobre um rack baixo diante uma das paredes e na parede oposta, alguns sofás e puffs nos quais estamos acomodados.

Não somos vigiados restritamente, então resolvo conhecer o local. Alguns guardas transitam. Entro em uma das outras casas e desço uma escada para o subsolo. Em uma área enorme, várias pessoas treinam atividades circenses. Ao fundo, há um palco com uma grande cortina vermelho-escuro. Caminho por entre as pessoas, converso um pouco com uma delas e continuo a explorar.

Vejo um portão fechado adiante sem ninguém por perto me convida a escapar. Alguns guardas de uniforme marrom falam em alemão do lado de fora. Já que não usam o mesmo uniforme que os guardas dentro da casa, pergunto se são funcionários públicos. Dizem que não e continuam a conversar. O tom de indiferença me deixa acanhado a pedir ajuda, então resolvo escalar o portão por conta.

Os guardas da casa me veem e, em seguida, vão atrás de mim. Consigo pular, mas eles me perseguem do lado de fora. Entro no primeiro carro que vejo, pedindo socorro. O motorista começa a dirigir, mas logo na esquina seguinte reduz a velocidade e pára, cercado por carros da polícia, que por um momento pensei que fosse me ajudar, mas me abordam e me levam de volta à casa.

Na mesma sala em que fomos deixados, passamos um bom tempo jogando papo fora. Demoro a reparar que faltam dois de nossos amigos ali. Os sequestradores nos tratavam bem e conversávamos sobre diversos assuntos. Tento diversas vezes imaginar o que poderiam querer conosco, mas, com medo, não chego a perguntar.

Mais algum tempo passa, outro amigo some da sala sem que eu note. Somos eu, FLORA e um dos rapazes que nos trouxe. Passam desenhos da Hanna-Barbera na televisão. O rapaz comenta que não gostam destes e sai da sala. Puxei FLORA, apoiando sua cabeça em meu colo enquanto conversamos, relativamente calmos. Calma que logo me desaparece ao olhar pra fora.

Vejo através da janela os dois rapazes arrastando um grande saco preto comprido e colocando-o  no porta-malas de um carro. Meu coração dispara. Ela continua calma em meu colo, provavelmente não notou a cena.

Digo que a amo e não poderia deixar de dizer isso, caso algo acontecesse. Beijo-a. Levanto a cabeça e percebo que visto uma calça de Tactel azul.

No comments: