Estou sentado em um sofá ao lado de minha mãe, em um lugar que mistura o apartamento da minha tia com a minha casa. Uma menina, com idade aparente de 6 ou 7 anos, se aproxima querendo fazer alguma coisa com minhas unhas das mãos, passar base ou cortar, talvez. Enquanto isso, estou conversando com algum dos presentes na sala, uma conversa em tom meio desagradável.
Em meio a esta conversa, puxo a menina pra pelo braço pra perto de mim, como se quiser alguém para abraçar enquanto discuto. Quando olho para a menina, ela está chorando. Um choro leve, apenas uma lágrima escorrendo dos olhos, provavelmente devido a eu ter puxado ou apertado o braço dela muito forte, na distração. Minha mãe repara e, como foi um acidente, pede para ela ficar por ali, quieta, pois algum parente dela está na sala e poderia não gostar. A menina obedece e fica por ali, mexendo em minhas mãos.
Em seguida, minha irmã passa na sala após sair do banho, comentando que eu era folgado por estar pedindo para a menina fazer minhas unhas, o que me irrita um pouco. Ela continua:
– Aposto que você pediu a ela para fazer esse tratamento também – apontando para uma suposta touca no meu cabelo.
– O que? Tem uma touca no meu cabelo? – pergunto espantado, apalpando a cabeça pra confirmar. Ela retruca:
– Ha, como se não soubesse que tinha, palhaço – e entra no quarto.
Este último comentário me tira do sério, eu realmente não sabia que havia uma touca na minha cabeça. Levanto e vou até ela querendo acertá-la no rosto, mas não consigo, pois ela está de costas. Puxo-a para trás e ela cai de costas na cama, com o pescoço apoiado na grade inferior da cama e a cabeça pendurada para baixo. Empurro a cabeça dela para baixo, na intenção de machucá-la e acabo por desencaixando seu crânio da coluna vertebral. A cabeça dela fica pendurada mole, mas ela ainda está consciente.
Minha tia chega para socorrê-la e está levando ela para um hospital. Vou falar com minha tia e ela me olha com uma expressão de desprezo como nunca vi e sequer ouve o que sai de minha boca, o que também me irrita. Por fim, acerto um murro nas costas de minha tia, não conseguindo segurar a revolta e vou embora.
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